02 abril 2011
Sabe, desde que você entrou por aquela porta algo mudou na minha vida. (...) Gosto da sua maneira de ver o mundo. Da maneira com que se veste, com que sorri e com que usa esse batom vermelho chamativo. Sua alegria é uma espécie de mistério, um mistério que jamais consegui decifrar, mas sempre quis fazer parte.
É lenta e quase não fala. Tem olhos hipnóticos, quase diabólicos. E a gente sente que ela não espera mais nada de nada nem de ninguém, que está absolutamente sozinha e numa altura tal que ninguém jamais conseguiria alcançá-la. Muita gente deve achá-la antipaticíssima, mas eu achei linda, profunda, estranha, perigosa. É impossível sentir-se à vontade perto dela, não porque sua presença seja desagradável, mas porque a gente pressente que ela está sempre sabendo exatamente o que se passa ao seu redor. Talvez eu esteja fantasiando, sei lá. Mas a impressão foi fortíssima, nunca ninguém tinha me perturbado tanto.
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